Lua de mel em estilo Road Trip

Depois do casamento, normalmente o que vem em sequência é a lua de mel. Conosco não foi muito diferente… Ou melhor: talvez tenha sido diferente; talvez tenha sido fora do comum. Após a cerimônia, passamos apenas um dia na cidade de Las Vegas. Joel confessou se sentir aliviado em deixar aquela cidade de preços muito altos. Com Joel na direção, saímos de Nevada e passamos pelos estados da Califórnia e Oregon até chegar no estado de Washington, mais especificamente na cidade de Seattle.

O estado da California tem paisagens lindas: em muitos trechos da estrada é possível olhar para a direita e ver morros repletos de pastos verdejantes e do lado esquerdo o mar. Há muitos lugares que apenas convidam para parar o carro e ver o que a natureza tem a mostrar. Os cenários eram dignos de pinturas… Em meio à nossa jornada, olhei para a esquerda e vi animais diferentes que me chamaram a atenção. Joel parou o carro e descemos. Passamos por baixo de uma cerca e chegamos perto dos elefantes marinhos. Tudo que eu queria era observar o mundo daqueles seres fascinantes só um pouco.

Uma das nossas paradas foi em Hollywood. Nunca planejei algo assim, mas, já que estávamos em Beverly Hills, não parecia uma má ideia visitar a calçada da fama. Passeamos de motocicleta pelas ruas, relembrando as cenas do filme “Uma linda mulher”. Fomos aos museus do local, dentre eles destaco o Museu de Cera, cujas réplicas de artistas e personagens de cinema nos renderam muitas risadas.

Não deixamos de ir ao Universal Studios, onde voltei a ser criança… Destaco a passagem por Springfield (eu e Joel somos fãs dos Simpsons). Não resisti e dei um abraço-urso em Krusty, o palhaço! Além disso, há diveras atrações que remetem a filmes de sucesso como “A múmia”, “Velozes e furiosos” e “Meu malvado favorito”.

Cresci em um bairro da Zona Oeste carioca chamado Santa Cruz. Existe uma cidade com este nome na Califórnia, onde há praias e um parque de diversões. Paramos por um dia lá. Joel queria tentar fazer algo divertido. Porém, como era inverno o parque estava fechado e admirar a praia era bem complicado para mim, porque estava muito frio. Como alternativa para divertimento, encontramos um fliperama. Havia alguns jogos onde era possível adquirir pontos para trocar por alguma lembrança. Lembro-me Joel adquiriu cerca de 60 pontos o que era muito pouco para trocar por algo realmente legal. Então, Joel disse “Só me dê alguma coisa”! O funcionário deu o que poderia dar por aquela quantia de pontos: um pequeno pote com uma abertura para guardar algo que não sei.

Devo confessar que estes dias na estrada me deixaram cansada e nauseante por alguns momentos. Sem dúvida os cenários eram magníficos, mas qualquer ser humano se sentiria cansado em algum momento por passar dias em um carro.

Por diversas noites, ficamos hospedados em hotéis como aqueles que vemos em vários filmes de fugitivos ou de pessoas que cruzam o país, onde estacionam o carro de frente para o quarto. Estes costumavam ser simples e confortáveis. Eram exatamente como os filmes.

Durante a nossa jornada, comemos muita comida mexicana e não avistamos um urso sequer. Foi um alívio chegar em Seattle depois de todos aqueles dias. Destes dias ficaram boas lembranças dos cenários e dos locais divertidos, mas percebi que cruzar o país em um carro não é tão glamouroso quanto o convite pode soar.