Viagem & amizades: arrisque-se e crie laços
Uma viagem é sempre uma oportunidade de estabelecer novos laços com pessoas que não fazem parte do circuito óbvio da vida. Quando uso o termo circuito óbvio, refiro-me a amigos de infância, colegas de trabalho, parentes…
Nessa circunstância, a probabilidade de conhecer pessoas que repartam interesses semelhantes aos seus é infinitamente maior. Se estiver viajando, por exemplo, para uma cidade com um rico acervo histórico, é bastante provável que conheça pessoas que se interessem em se apropriar da riqueza histórica do determinado local.
Em algumas viagens em grupo, alguns amigos convidaram pessoas que eu não conhecia e eu também convidei amigos que eram conhecidos somente por mim. Em síntese, viramos um grande grupo e os amigos dos meus amigos, tornaram-se meus amigos. Logo, estes grupos tendem a trocar informações sobre roteiros e dicas de viagens.
Certa vez, desembarcando de um navio de cruzeiro no porto de Salvador no estado da Bahia, durante um city tour, conheci duas moças, irmãs, que, coincidentemente, viviam na mesma cidade que eu. Em meio a piadas sobre os assuntos desinteressantes mencionados pela guia de turismo, percebemos que éramos semelhantes em nosso senso de humor, no desejo de viajar e o que era de se pasmar, exercíamos a mesma profissão. Em um espaço curto de tempo, elas passaram a fazer parte do grupo de amigas, o qual eu fazia parte, que estavam juntas neste cruzeiro e saíram conosco em todos os outros portos que atracamos.
Dessa experiência, surgiu uma relação de amizade. Costumamos sair para passear, viajar e recentemente estive no casamento de uma delas. É isso: dentre os principais frutos de uma viagem, cito as amizades.
Permitir-se é a chave. É demasiadamente motivador responder à pergunta “De onde você o conhece?” quando a resposta envolve um roteiro de viagem, aventuras hilárias e algumas ciladas coletivas. Encontrar os amigos semeados e cultivados em viagens, sempre será uma oportunidade de eternizar estas experiências.