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Gringos sabem tudo? 4 coisas que ensinei a um norte-americano

1.Número de continentes

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Um dia, por causa de sei lá o que, Joel (maridão) e eu começamos a conversar sobre os continentes do mundo. Ele disse que o mundo tinha 7 continentes e eu disse 6. Pronto. Isto foi o necessário para que começássemos uma discussão entre dois teimosos profissionais. Ele dizia que eram: América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África, Austrália e Antártida. Eu dizia: América, Europa, Ásia , África, Oceania e Antártida. Ele dizia que o continente se chamava Austrália e eu dizia “Mas e as ilhas?”. Ele dizia que América do Norte e América do Sul eram continentes separados e eu dizia “E a América Central?”

Por fim, abri o Google e mostrei o resultado da busca que comprovava minha teoria. Ele ligou o computador e abriu o Google (digitando em inglês) e o resultado desta busca comprovava a teoria dele. Porém, em vez de somente Austrália, o nome Oceania também aparecia. Ele disse que nunca tinha ouvido este nome antes. Deduzimos que a escola ensina Geografia de forma diferente nos países. Eu disse que os norte-americanos eram muito metidos e que não queriam admitir que a América Latina estava no mesmo continente… No fim, ele aprendeu algo sobre Geografia.

2. Autenticação de documentos

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Quando estávamos verificando os procedimentos necessários para transcrição de documentos, percebi que talvez precisaríamos autenticar a cópia de nossas identidades. Fiz isso no cartório no Brasil com meu documento e chegando lá, disse a ele que deveríamos fazer o mesmo com o dele. Saímos para jantar com Pete (meu cunhado) e uma moça. Sei lá como começamos a conversar sobre isso. Pronto. Dois profissionais da arte da teimosia começaram uma discussão. Eu dizia que era só tirar uma cópia e levar para o notário e ele dizia “É impossível que seja assim”. Mostrei meu documento autenticado, mas mesmo assim não ficou muito convencido. Chegando ao notário, ele olhou a cópia do documento, pediu que ele assinasse no fim da folha e então… STAMP! Cópia autenticada. Ele ficou com uma cara meio abobada enquanto pagava pelo serviço, alegando que nunca tinha feito isso antes. Com alegria, vibrei e afirmei “Eu te disse”.

3.Uso do Messenger

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Quando conversávamos no início do relacionamento, devido às condições de trabalho dele, usávamos principalmente e-mail. Quando ele não estava trabalhando, passei a insistir que usássemos chamadas de vídeo. Ele resistia bastante, dizendo que não queria que eu gastasse uma fortuna com telefone. Foi aqui que apresentei um novo mundo para ele: usando wi fi poderíamos conversar e isto não causaria um rombo no meu orçamento. E pensar que ele passava boa parte da sua vida na cidade sede da Microsoft…

4.21Como cozinhar com abacate

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Todas as vezes que saíamos para comer, percebia que os cardápios tinham opções com abacate, principalmente saladas. Não aprovava muito e costumava dizer “Isto não está certo”. Não entendam mal, mas é uma frase irônica que utilizo quando algo é diferente do que é costume para mim. Eu dizia “Abacate é para fazer doces”. Ele dizia que não achava possível algo doce com abacate. Um dia, estávamos em uma pousada e vi que no café da manhã havia uma jarra de vitamina de abacate. Ofereci a ele sem dar explicações. Depois de provar, ele perguntou “O que é isso? É muito bom”. E eu disse: ABACATE. Um mundo novo surgiu novamente e esta virou uma das especialidades de suas receitas.

Brasileira e carioca. Residente no Rio de Janeiro. Formada em Pedagogia, atua como professora, mais especificamente na área de Educação Especial. Casada, além disso vive com um cachorro com uma inteligência assustadora. Ama dançar. Mochileira assumida com paixão por botar o pé na estrada.