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Que tipo de turista NÃO ser – parte II

Conitnuando nosso relato iniciado na parte I (se não viu, veja aqui!)…Morei em Petrópolis 10 anos, cidade turística… Assim, posso dizer que são tantos espécimes de comportamentos horrorosos que corro o risco de não conseguir falar nem em duas partes!

3. O porcalhão

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Por mais que se diga e repita, que se ensine na escola, que todo mundo saiba que o mundo anda poluído, esse espécime de turista é dos piores tipos. Ele larga lixo na trilha, joga bituca de cigarro no chão, rabisca as pedras do caminho com prego, depreda o ônibus de turismo…enfim, use a criatividade. Esse comportamento é deplorável!

==> Não seja um porcalhão

4.O que não fala a língua

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Ninguém, mas absolutamente ninguém tem a obrigação de falar a língua do local pra onde está indo. É evidente que os serviços de turismo devem oferecer algumas coisas em inglês ou espanhol, mas exigir que falem português é demais. Pois já vi gente reclamar que não havia serviços em português! Em Curaçao vimos o carinha brasileiro que não falava absolutamente nada em outra língua falando em português com as funcionárias. Ele até tentava ser educado, mas era cômico vê-lo ir entrando sem que as pessoas entendessem o que ele queria. E lembro de um amigo na Itália já chegar falando em inglês com o cara do hotel (era uma cidade pequena) e o cara fechar a cara pra ele. Claro, nem “perdão, não falo italiano” o cara falou. Não sorriu, não deu bom dia. Não se esforçou em aprender um “buon giorno” e um “mi scusi” .  É simpático tentar falar a língua local. Sei que você consegue! Pergunte pra “mulher do google”  a como dizer “bom dia”, “boa tarde”, “obrigado”. Vai ser simpático e você ganhará a graça dos locais. Eu lembro que na argentina e no chile me falaram que, apesar de eu estar falando “portunhol” era muito legal da minha parte fazer força pra falar a língua local. Claro que um sorrisinho simpático ajuda (já ganhei descontos sendo educada!)

==> Não seja o turista chato que acha que falar português gritado é igual a falar qualquer outro idioma

5. O folgado

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Quem nunca entrou no ônibus fazendo bagunça com a turma quando era adolescente que atire a primeira pedra! Mas é preciso entender que a algazarra e a cantoria fazem todo sentido quando você está numa vã só com amigos ou no ônibus da excursão da faculdade. Mas é extremamente chato entrar numa vã que tem gente do mundo todo cantando e gritando bobagens que são só piada interna de vocês. Isso é folga! Não, não é alegria brasileira/canadense/russa/alemã contagiante. É chatice mesmo.  Quem já foi em hostel sabe também como é chato quando você está dormindo e chega a turma da night fazendo. Dessa vez, shame on me. Estava com mais duas amigas em Londres e o quarto cabiam quatro. Achamos que seríamos só nós. Quando chegamos do musical, depois de meia-noite, entramos falando animadamente no quarto. Tinha uma pobre viajante dormindo. Nós acendemos a luz sem perceber e, coitada, ela acordou. Ficamos tão sem graça e pedimos muitas desculpas.

==> Não seja o folgado que grita/acende a luz/mexe na temperatura sem ver se os outros concordam

6. O  sem noção

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Retirado de http://imguol.com

Gente, por favor. Cidade turística vive de turismo sim, mas NÃO só de turismo. Lembre-se que a cidade que você está visitando não tem só turistas na rua: tem gente indo pro trabalho, pra escola, pro médico, pra outro compromisso. Não é todo mundo que está passeando como você. Você tem todo o direito de fotografar, parar pra ver uma vitrine, pedir uma informação. Mas por favor: não tem o direito de parar no meio da rua pra tirar uma foto e atrapalhar o tráfego! Aqui em Petro City tem um  lindo “Relógio das Flores” que fica numa rua movimentada. É claro que o imponente relógio chama a atenção e praticamente pede uma foto. Pois não é que tem motorista que se vê no direito de frear no MEIO da rua pra fotografar!! Isso, a pessoa, apesar dos muitos estacionamentos ao redor, ao invés de estacionar, para. Eu já vi isso acontecer e quase deu acidente. Lembre-se de respeitar o trânsito, a pressa das pessoas, a regrinha de andar na calçada. As regras de boa convivência são praticamente internacionais, ok?

==> Não seja o “sem noção” que atrapalha a vida dos outros de acontecer

Depois de escrever isso tudo eu percebo que na verdade tudo se resume a se colocar no lugar do outro. Seja viajando por aqui, saindo pra passear na sua região, saindo do Brasil a regra é a mesma: pense em como seria se isso acontecesse com você. Que não falte amor ao próximo quando você estiver se divertindo, ok?

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E aprenda a como não ser um anfitrião babaca!

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Física de formação, maluca de coração, apaixonada por Deus e por viagens. Viajou uns 21 países (e alguns revisitou), além de conhecer vários encantos de Minas (sua terra natal) e do Brasil. Visitou mais lugares que imaginava e menos do que gostaria, mantendo assim a sede de viajar, porque o mundo é grande, a vida curta e a grana mais curta ainda!