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Dilemas do viajante cotidiano

Há muitas pessoas que dizem que não costumam viajar. Temos um imaginário, onde viagem envolve necessariamente passar dias fora de casa, arrumar as malas, ir ao aeroporto ou a uma grande rodoviária… Às vezes me questiono se esta definição realmente reflete o significado do conceito.

De acordo com o dicionário online de Português, a palavra viagem é um substantivo feminino que significa a Ação de se deslocar de um lugar para outro, geralmente, percorrendo uma longa distância; jornada. Pensando nisso, observo o cotidiano e questiono: personagens do dia a dia não são viajantes?

Trabalhadores, estudantes, aventureiros em busca de diversão…Na região conhecida como Grande Rio, milhares de pessoas se deslocam diariamente por longas distâncias e caso fossem questionados, diriam que não viajam há muito tempo. Imagine o que é viver no bairro de Santa Cruz, trabalhar na cidade de Mesquita e estudar no bairro da Gávea. Só para situar o leitor, Santa Cruz fica na Zona Oeste da cidade do Rio, Mesquita é uma cidade da Baixada Fluminense e Gávea fica na Zona Sul do Rio. A cidade do Rio tem uma área aproximada de 1.255 km² . Este é um recorte de um período da minha vida. Se alguém me questionasse sobre o assunto, eu diria que não costumava viajar.

Muitos encaram longas jornadas todos os dias para garantir o sustento. Gastam 3 ou 4 horas apenas em deslocamento. Saem de casa antes do sol nascer. Enfrentam muito tempo de pé em ônibus, metrô e/ou trem e agradecem a Deus caso consigam um lugar para sentar e desfrutar algum tempo de descanso. Quando são do sexo feminino, ocupam-se em criar estratégias para não sofrer assédio. No fim de semana, o desgaste é tanto que falta coragem para ir a um bom programa. Muitas pessoas têm acesso apenas a shopping centers e caso desejem algo diferente, terão que enfrentar uma longa jornada a uma galeria, teatro, praia… Diante disso, depois de uma semana difícil, dificilmente alguém irá se dispor a fazer um programa como tal.

 

E assim temos uma multidão de pessoas que se apropriam do conceito de viagem como longa jornada. Fazem dinheiro para pagar contas, mas mal conseguem desfrutar dos demais benefícios de ter uma remuneração. Qualidade de vida? Algo impensado para alguém que tem seu maior alívio em apenas deitar na cama e dormir algumas miseráveis horas.

Ainda que seja difícil, é importante que estes viajantes invistam algum tempo com autocuidado. Há uma canção que diz a vida é louca e breve. Todos nós, viajantes do cotidiano, precisamos enfrentar nossos dilemas e ainda lutar contra os riscos de uma vida alienada.

Concluo insistindo em dizer que a busca por qualidade de vida deve ser constante, ainda que os dilemas do cotidiano nos enfraqueçam. Acompanhe-nos em nossas redes sociais: Youtube, Instagram e Facebook!


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Brasileira e carioca. Residente no Rio de Janeiro. Formada em Pedagogia, atua como professora, mais especificamente na área de Educação Especial. Casada, além disso vive com um cachorro com uma inteligência assustadora. Ama dançar. Mochileira assumida com paixão por botar o pé na estrada.