Um mochilão entre amigas – Foz, Paraguai, Buenos Aires – parte II

Depois de uma longa viagem, finalmente chegamos a Buenos Aires. Exaustas… Logo procuramos algum transporte para ir ao hostel em que ficaríamos hospedadas (já citei aqui na parte I). Encontramos uma espécie de transporte alternativo (não era um táxi), mas cansaço muitas vezes não nos conduz à decisão certa. Recomendo que, numa situação parecida, invista mais tempo procurando um táxi registrado… Teria sido mais barato.

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Renata, Sany, Roberta, Ilzani e Denise… Na Argentina, Rosi nos encontrou para seguir adiante conosco.

Ficamos hospedadas no Hostel Florida. O local tem uma estrutura muito boa e recomendo este lugar aos viajantes. Há um bar no subsolo que pode se tornar bem animado. O café da manhã era muito bom. Devo confessar que catei dezenas de pacotes de doce de leite, tanto para consumo próprio, quanto para dar de presente.

Em se tratando de turistar, fomos à Casa Rosada, Praça de Maio, La Boca, Jardim Botânico, Obelisco…

A Casa Rosada e a Praça de Maio ficavam bem perto do lugar em que estávamos hospedadas. Dava para ir caminhando até lá. Para chegar aos demais pontos foi necessário usar transporte público. Pedimos informações no hostel e não tivemos problemas.

Caminito, no bairro La Boca é um lugar vivo com muitas cores e arte por toda a parte.

Vamos falar agora das experiências antropológicas. Realmente, aqueles dias nos renderam histórias boas.

Era época de Copa do Mundo (antes de acontecer o trágico 7 x 1). Assistimos ao jogo na capital argentina, no bar do subsolo com outros brasileiros. O jogo era contra a seleção de Camarões e a seleção brasileira ganhou de 4 a 1. Como bons brasileiros, celebramos com um pagode. Fizemos uma grande roda de samba e nossos hermanos tiveram que colocar sambas para tocar. Eles não pareciam muito felizes com nossa celebração, não sei se pela clássica rivalidade ou pela algazarra promovida. Enfim, como diria Zagallo, eles tiveram que nos engolir!

Conhecemos um cara chamado Túlio que estava conosco na hora do jogo. Ele nos convidou para ir a um clube chamado Severino. Ele nos ajudou a fazer cadastro na lista amiga do local. Havia muitos brasileiros e logo nos transformamos em um grupo numeroso. Nove mulheres cadastradas e Túlio. Marcamos de nos encontrar na recepção depois de algumas horas.

Na hora marcada, estávamos lá… As nove. Mas, e Túlio? Nada. Procuramos por ele em toda a parte. Pedimos ajuda à recepcionista que ao perceber que o mesmo tinha reunido aquele quantitativo de mulheres, arregalou os olhos e exclamou “Quem é Túlio?!?”.

Enquanto vivíamos o drama do desaparecimento do nosso ícone, algumas garotas foram ao bar do subsolo do hostel e encontraram dois argentinos. Prontamente, eles chamaram reforço e mais um rapaz argentino (fluente em português) chegou para nos levar à casa noturna tão esperada. Uma das integrantes do grupo ficou com um dos rapazes e deixou o grupo. Nós fomos conduzidas pelos rapazes ao local. Não preciso dizer o tamanho do sorriso dos caras por estarem cercados de mulheres…

Apesar de não ser meu estilo, eu e um dos argentinos trocamos olhares e sorrisos a noite inteira e como diria Renato Russo “Um beijo aconteceu” (fala sério!!! Ele era lindo e eu solteira). Aquela casa noturna era muito louca, mas estávamos num nível que apesar de não termos consumido bebidas alcoólicas, ouso dizer que não estávamos no auge da sanidade.

No dia seguinte, embarcamos em um navio para o Uruguai mortas de cansaço. Caso queira saber como viajar de Buenos Aires para o Uruguai, clique aqui. Renata ficou na capital argentina por alguns equívocos durante a compra da passagem. A aventura não acabou, mas aquele dia em Buenos Aires foi realmente um experiência antropológica!

Já viveu uma história louca com suas amigas?!? Conte para nós!

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