Furadas na viagem – a mala extraviada na Suiça
Quando fui pra Suíça, em 2006, era o mês de julho. No Brasil , inverno. Lá, verão. Aí, você fica naquela: ah, mas Suíça não faz calor! O queeeeeeeeeee?!!! Faz sim, e muito! Bem, ta certo que não é como aqui no Brasil, não é verão do Rio. Mas faz calor sim, um dia ou outro. E como Murphy nunca dorme, eis que o dia do verão mais intenso em Basel foi o domingo em que cheguei lá!
Bom, foi assim…odeio conexões curtas – odeio! E a empresa aérea pela qual viajei tem várias dessas conexões de 40 min. Acontece que a lerdinha aqui não percebeu. Quando eu vejo antes, sempre peço pra colocarem na próxima conexão, geralmente umas 3 horas mais tarde. Sempre prefiro, pra não passar igual a uma louca pelos corredores do aeroporto.
Aconteceu o que quase sempre acontece: o vôo no Brasil atrasou, aterrissamos na Suíça 15 minutos atrasados, o vôo era daí a 25 minutos e eu saí voada pelos corredores. Cheguei ao saguão e já ouvia meu nome sendo chamado pra embarque imediato na conexão. Saí desesperada e encontrei o funcionário da companhia aérea e me apresentei. Faltou me puxar pelo braço pra andar logo, mas foi avisando pelo rádio que eu tinha chegado. Nesse ínterim veio o insight: “Mas, moço, e minha mala?!”. “Ah, garanto que chegou ao avião antes de você!”. Tá né…
Entrei no avião e todo mundo olhou pra mim. Pobre eu…ficou parecendo minha culpa. Pior foi chegar em Basel e descobrir o inevitável: a mala ficou em Zurique. E fui reclamar em francês sobre a mala (Basel fica entre Itália, Alemanha, França e Suíça e você desembarca e sai pela porta do país em que vai ficar). Eu ia ficar na França pra cruzar a fronteira pra Suíça todo dia. Enfim, reclamei. A mala chegaria ao hotel, havia um voo que sairia de Zurique dalí a 1 hora (porque não me puseram nesse?) e traria junto a minha mala.
E adivinha? Estava fazendo 36 graus em Basel, eu de bota e calça jeans! Fui dar uma volta na cidade e naquele calor infernal, parei no meio de uma praça, arranquei as botas e enfiei o pé na fonte. “Tsssssssss”, aquele barulhinho quando a água atinge a chapa quente, sabe?! Que alívio! Ainda bem que tinha dado ouvidos à minha mãe e levei uma camisetinha na mala de mão – e só por isso o calor não foi maior. Num domingo, nem o mercado estava aberto, não dava pra comprar nem um chinelinho vagabundo. Depois disso levo roupa suficiente pra dois dias e duas condições climáticas na mala de mão, valeu a experiência!
Quando voltei ao hotel, a mala extraviada finalmente havia chegado! Ah, que alívio! Mas já sabe o que aconteceu nos outros dias, né? Chuva, tempo nublado e o friozinho esperado pra Suíça. Haha! Obrigada, Murphy…