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Museu Henry Ford em Detroit

Eu adoro máquinas, pequenas, médias, grandes… Adoro motores, ferramentas. Um dos meus prazeres é ver as máquinas funcionando ou pelo menos chegar perto – ainda que estejam desligadas. Máquinas são a física viva, usando as ferramentas da engenharia para dar vida aos conceitos. Adoro!

Máquina a vapor

Sendo assim, claro que quando o Amor falou da possibilidade de ir ao Museu Henry Ford em Detroit, eu aceitei na hora! A gente foi visitar a mãe dele em Ohio, e o aeroporto mais próximo é o de Detroit, em Michigan. E perto do aeroporto está o museu. Se você tiver conexão em Detroit, for ficar algumas horas ou passar por lá de algum jeito, é um lugar que vale muito conhecer!

O museu é gigante e depende de quanto tempo você tiver para visitar. A gente tinha algumas horas porque ainda iriamos visitar minha futura sogra, então escolhemos ver só a parte principal mesmo. Mas o museu tem uma vila anexa, a Greenfield Village, que ficará para a próxima visita (com certeza!!). Neste post vou falar do prédio principal mesmo. Ele é chamado Henry Ford Museum of American Innovation e fica a uns 20 minutos do aeroporto de carro. Então, dá tranquilo pra, com umas horinhas em Detroit, visitar com calma. A entrada custa USD 24.00 para quem tem 12 anos e mais e USD18.00 para idades entre 5 a 11 anos. Crianças pequenas não pagam e , estranhamente, é mais caro comprar online… Mas o museu é grande, então dá para comprar lá tranquilo.

Logo de cara fomos ver os carros dos presidentes dos Estados Unidos, desde os carros mais velhinhos  até o do Obama 😉 Alguns presidentes, como JF Kennedy , sofreram atentados e é possível ver as marcas de batidas e balas nos carros. Confesso que no carro do Kennedy, sabendo que ele foi assassinado, a sensação não foi boa não. Respeito.

Carro de Theodore Roosevelt

Seguindo, vimos a exposição dos trens. Cada trem gigante, lindo, perfeito , maravilhoso!!! Destaque para a locomotiva a vapor Allegheny, de 1941, o ponto mais alto da tecnologia dessas locomotivas. Quando você está lá, é permitido entrar em alguns trens para observar e fotografar. Em geral quando você vir um sinal pedindo para não subir, é para a sua própria segurança. Quando podia, claro que subi e fotografei, hehehe… E Baladeiro tava lá, desobedecendo como sempre 😉

Allegheny Steam
Mineira entre os trens…mas esses são trens mesmo!!
Baladeiro impetuoso

Depois fomos ver os veículos antigos. Lá estão os primeiros ônibus escolares, primeiros projetos de shutltles (ou vans) concebidos para ajudar as pessoas a irem do aeroporto ao hotel, primeiros carros de corrida, primeiros… Carros! Claro, é o museu Henry Ford! É muito emocionante ver a história viva na sua frente!

Carros, e carros… Carros antigos…
Primeiro modelo de ônibus escolar

Primeiro modelo de “shuttle”

Seguimos para ver as máquinas à vapor… Impressionante ver as máquinas do período da revolução industrial e imaginar como elas mudaram nossa vida como sociedade. É também bem triste imaginar que muito possivelmente havia crianças trabalhando nessas fábricas (respeito…). Ao mesmo tempo é fascinante, pela máquina em si, imaginar a energia, como era usada, como a máquina funcionava… Eu adorei esta parte.

Máquina a vapor
Muitas máquinas -geração de energia elétrica
Eba!

Tem uma parte bem triste lá também que chama a atenção para que não se cometam os mesmos erros… É quando contam a história do racismo nos EUA e das revoltas dos negros. É bem chocante ver os ambientes reconstruídos, onde brancos eram atendidos e negros atendidos. Ver que eles tinham bancos, bebedouros, veículos separados… O Amor até comentou (e eu repito, porque transmite bem o sentimento): “Já imaginou você negro, nos EUA nessa época, tendo que explicar pro seu filho que ele não pode beber água ou sentar num lugar só porque ele é negro?”. Pesado…

Andando mais um pouco encontramos uma parte bem divertida, sobre a aviação nos Estados Unidos. Sempre vem o debate: Irmãos Wright ou Santos Dumont? Bom, o Santos Dumont é lembrado lá , com certeza, mas claro que se tratando de Estados Unidos o destaque é para os Irmãos Wright.

Entrada da exposição de aviação
Exposição sobre aviação
Selfizinha com os parça do Baladeiro, haha

Então, o que consta (aprendi aqui) é que apesar dos Irmãos Wright terem voado primeiro em 1903 e o Dumont em 1906 (sem nada saber do primeiro voo), os primeiros queriam muito dinheiro e faziam tudo em segredo. Dumont já era rico e bem aparecido, fez as coisas com muitas testemunhas e sem vergonha de errar. Além disso, ofereceu a patente de suas ideias de graça. Assim, ajudou horrores a aviação moderna. Entãooooo… Ok, EUA, vocês voaram primeiro mas graças a um brazuca temos os aviões de hoje, hahaha!!

Voltando à visita… Naquele dia almoçamos por lá – tem algumas opções de comidas rápidas (e nem por isso ruins!) com preços factíveis dentro do museu. É uma boa comer por lá mesmo, que assim você não perde tempo.

O  museu tem ainda outras exposições, uma pequena galeria de coisas de vidro e uma mostra científica. Também tem duas lojinhas de suvenir.

Passamos cerca de três horas por lá e eu adorei. Sim, quero voltar com certeza e sim, recomendo a visita demais!!!

A cidade de Chicago  fica a algumas horas de Detroit e também tem muitos atrativos. Não deixe de conferir o post do blog Mapa na mão O que fazer em Chicago e Arredores.

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Física de formação, maluca de coração, apaixonada por Deus e por viagens. Viajou uns 21 países (e alguns revisitou), além de conhecer vários encantos de Minas (sua terra natal) e do Brasil. Visitou mais lugares que imaginava e menos do que gostaria, mantendo assim a sede de viajar, porque o mundo é grande, a vida curta e a grana mais curta ainda!