É melhor ficar em casa? Relato de viagem com um bebê para o Chile

Daiane Ximenes é amiga de Denise Barreto, uma das redatoras do blog. Daiane é casada e mãe de primeira viagem. Ela compartilha sua história de viagem ao Chile conosco!

Logo após o chá de bebê e antes mesmo do nascimento do nosso filho, Vicente, já tínhamos decidido que não ia ter festa de 1 ano. Com direito a hashtag e tudo em nossas redes sociais, achamos muita correria, muito dinheiro gasto em algo que não teríamos certeza de que ele iria aproveitar. Pra não passar em branco pensamos em fazer uma viagem pra comemorar e no fim das contas ele teve uma festinha e mais a viagem rsrsrs. Obs. Tô sentindo o cuspe caindo na testa agora kkkkk!

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O destino escolhido foi Santigo, no Chile e como eu tinha o sonho de conhecer a neve, queria ir num período que eu pudesse aproveitar. Um casal de amigos também queria fazer uma viagem, eles também tem um filho de 1 ano e 4 meses, mas só poderiam viajar em julho, alta temporada e com a neve trincando. Compramos as passagens sem nem parar pra pensar na fria (literalmente) em que estávamos nos metendo! Mas uma vez que as passagens estavam compradas, já era!!!

Meses antes da viagem, conversamos com a pediatra do Vicente e ela nos deu apoio e orientação para a viagem e isso foi ótimo, porque a última coisa que queremos ouvir é… Meu Deus! Coitado do bebê, ele vai ficar gripado e se passar mal e blá,blá,blá… Também conversamos com alguns amigos que conheciam a Cidade, pesquisei em blogs sobre viagem com bebês e isso fez parte do nosso processo de organização para a viagem.

Sobre as passagens aéreas achei assertivo comprar voo direto (quase 5 horas), eu tenho medo de voar e passar por várias decolagens e ainda mais com um bebê ninguém merece! Fora que considero mais cansativo. Já nosso casal de amigos gostou de ter feito escala, pois deu pra respirar um pouco, sair do avião, mudar o ambiente. Pagamos um pouco mais caro, porém poderíamos despachar 3 bagagens de até 23kg.

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O voo

Nosso voo foi noturno, achei ótimo porque foi após o horário do jantar do Vicente. No início foi meio tenso, chegando no aeroporto a fralda vazou, tivemos que trocar a roupa, depois já na área de embarque ele fez todo o número 2 que você pode imaginar, mas conseguimos trocar antes do embarque. Na decolagem ele dormiu, mas a recomendação é amamentar na decolagem e no pouso. Logo após esse período solicitei um berço, pois havia escolhido os assentos por causa disso. Colocamos no berço e conseguimos jantar, ele acordou em minha última garfada. (Graças a Deus). Quando acordou queria brincar e naquele espaço pequeno, fica um pouco difícil, é neste momento que temos que passear com eles nos corredores, meu medo diminuiu consideravelmente porque a criança não parava rsrsrs… de nervoso.

A empresa aérea ofereceu um kit com manta e uma bolsinha com babador, colher, lenço umedecido, saquinho para lixo, pomada, trocador descartável e achei bem legal. Também havia papinha, até pedimos para o Vicente, mas ele não gostou e frutinha em sachê, mas um bebê que come manga, banana, pêra, também não gostou do sachê de amora. Mas na mala de mão dele colocamos tudo o que precisasse, incluindo muda de roupa e a segunda pele térmica pra colocar quando chegássemos no aeroporto de Santiago.

Aterrissamos… Amém!

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Hospedagem

Reservamos um apartamento pelo Airbnb, pois os hotéis estavam mais caros, por ser alta temporada. Tudo tem seu lado positivo e negativo. De positivo o apartamento era grande e pros bebês isso foi ótimo, havia 2 quartos com cama de casal, cozinha onde preparamos as refeições deles e nossa também. Havia comércio e mercado perto e o anfitrião foi bem solícito durante nossa estadia. Aspectos negativos, 4 andares para subir de escadas, mas quando reservamos já sabíamos. Tinha um banheiro o que não atrapalhou tanto, mas 2 banheiros seria melhor. Não ficava bem no Centro, então tivemos que usar Uber o tempo todo. Havia um aquecedor elétrico e outro que tinha que recarregar com querosene (tivemos que comprar querosene duas vezes) e também tivemos um problema com o aquecedor de água que o anfitrião resolveu no dia seguinte, porém, fomos dormir sem banho kkk.

Nossos amigos chegaram antes e já resolveram algumas coisas pra nossa chegada. Como transfer reservamos com a empresa Los Andes e pagamos em real ida e volta e deu tudo certo. Eles dão de brinde um chip com um pouco de internet e uma caneta pra verificar dinheiro.

Roteiro

Com minha pesquisa e dicas de amigos montei um roteiro e conseguimos fazer boa parte dele, mas eu esqueci de acrescentar as idas as casas de câmbio, idas ao mercado, pois fez parte da nossa realidade. No primeiro dia demoramos bastante, porque tivemos que nos arrumar com três camadas de roupas e também os bebês, tomar café, organizar a bolsa pra ficar o dia todo fora… Gastamos um bom tempo nisto e fomos para a Rua Augustinas fazer câmbio, pois nesta rua se concentram as casas de câmbio com valores mais atrativos. Sempre pensávamos em ir a algum lugar de manhã, depois procurar um lugar para trocar os guguás (bebês), como se fala por lá, almoçar e ir pra outro lugar a tarde. Nos intervalos parávamos para dar fruta, passar protetor solar, manteiga de cacau, aplicar soro no nariz e durante todo o dia beber bastante água.

Fomos ao shopping Costanera, pois querendo ou não, shopping sempre tem estrutura para bebês, não visitamos o Sky Costanera, trata-se do prédio mais alto de Santiago e no último andar você tem uma vista panorâmica, mas o ingresso custa aproximadamente 90 reais e o Cerro San Cristóbal oferecia uma vista bem próxima por valores bem menores! Saindo do shopping, partimos para o Cerro (morro). Chegando lá para subir de funicular, uma espécie e bondinho, a fila estava gigantesca, resolvemos subir até o zoológico que fica ao lado esquerdo do Cerro. Paga-se uma entrada, nada muito caro, e os bebês aproveitaram bastante. Ficaram encantados com os animais e nós também, pois existem muitas espécies que não existem no Brasil. Ao todo, nossa viagem durou 9 dias.

Fomos a Farellones, que merece um post especial, Cerro Santa Lucia e também na feirinha de artesanato bem próxima, Museo de Bellas Artes, Parque Florestal, Pátio Bellavista. Voltamos ao Cerro San Cistóban e andamos de funicular e teleférico. Fomos ao shopping Parque Arauco, Palácio de La Moneda e pegamos literalmente o fim da troca de guarda.

Também fomos a Viña Del Mar e Valparaíso, a casa de Pablo Neruda – La Chascona, tudo isso com um bebê em um canguru que perdemos no Uber ao final da viagem.

Para mais dicas sobre Viña del Mar, confira o post do blog Cariocas pelo Mundo com dicas sobre o que fazer em um dia em Viña del Mar!

Também fizemos uma dia de compras nas proximidades da Plaza de Armas e das ruas Passeo Ahumada e Bandeira.

Nós aproveitamos a viagem e os bebês também, nós nos preocupamos e subestimamos a capacidade de adaptação deles. Vicente voltou diferente, cheio de novidades e desenvolvimento. Então quando pensar em viajar com um bebê te digo que é possível, pois eu ouvi e vou repetir: “Tem criança em qualquer lugar do mundo”.

Dicas extras:

• O canguru foi uma mão na roda para nós, pois muitos lugares que fomos eram de subida o que dificultava um pouco o uso de carrinhos, mas em outros lugares o uso do carrinho também seria ótimo.
• Fazíamos a comida das crianças e levávamos em um pote térmico, também sempre estávamos com água e a maioria dos lugares havia banheiro com trocador para bebês.
• Roupas adequadas são fundamentais, compramos todas aqui no Brasil e foi suficiente. São três camadas a primeira térmica (segunda pele) a segunda pode ser um casaquinho quentinho e a terceira um casaco corta vento. E durante o dia a temperatura vai aumentando e a gente vai tirando os casacos que nem cebola rsrs. Para a neve alugamos roupas e botas impermeáveis para os bebês, mal conseguiam se mexer hehehe.
• Fizemos seguro viagem para nós e para os bebês e a pediatra receitou alguns medicamentos, caso fosse necessário, mas não foi preciso nada. Vicente começou a espirrar quando chegamos no Brasil, vai entender!

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