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Deseja novas experiências? Vá de trem, vá de ônibus.

Quando viajamos para lugares desconhecidos, é quase inevitável recorrer aos táxis da cidade. Você chega naquele lugar que você tem muita vontade de conhecer, mas ficou sentada durante horas em um ônibus com poltronas com tão pouco espaço que acabam proporcionando uma relação de intimidade forçosa com um desconhecido, à medida que você precisa compartilhar as peculiaridades noturnas do seu colega ao lado. Ou ainda você economizou algumas horas em um avião, onde pode ter ocorrido alguma turbulência e tudo que você mais queria era chegar à hospedagem, deixar as malas e tomar um banho.

Depois da chegada ao local, um táxi continua sendo uma opção muito cômoda. É tão simples dizer “Leve-me ao Paço da Liberdade!” ou “Calle Florida, por favor!”. Entretanto, quando recorremos ao transporte público local além de economizar, adquirimos autonomia, ampliamos a possibilidade de os relacionarmos com nativos… Certamente, as possibilidades de que você se perca se ampliam, mas se você recorrer a pessoas que possam lhe dar instruções apropriadas, essa probabilidade pode reduzir bastante.

Quando estive na cidade de Paris, uma das minhas primeiras aquisições foi um mapa das linhas de metrô da cidade. Definitivamente, aquele mapa não era fácil de entender, mas entendê-lo, não era impossível. Antes de compreendermos o mapa, eu e minhas amigas tomamos a linha errada, acabamos em uma estação indesejada. Naquele ambiente de dúvida, um homem passou e nos ouviu conversando em português. Ofereceu-se para ajudar e começou a conversar conosco. Confesso que fiquei bastante receosa… Imaginei um daqueles filmes em que turistas conversam com estranhos e se dão muito mal. Mas, contrariando as minhas expectativas, o rapaz português, extremamente gentil, apenas fez a gentileza de nos conduzir ao local certo e despedir-se.

Vá de trem, vá de ônibus

Depois de tornarmo-nos experientes, fizemos o oposto do que a maioria dos turistas costuma fazer. Tomamos o metrô e depois um trem para chegarmos à cidade de Versailles. Enquanto os ônibus chegavam carregados de turistas, desembarcamos do trem e fomos conhecer a cidade caminhando. No fim do dia, comemos em um restaurante, cuja cozinheira era uma baiana que cozinhava divinamente, mas este é um outro assunto.

Sei que linhas de metrô semelhantes às de Paris são um luxo que não há em muitas cidades. Porém, tomar uma opção de transporte coletivo e observar como as pessoas se comportam, olhar pela janela e ver as ruas ou ainda tentar se comunicar para comprar um bilhete podem ser experiências que vão enriquecer a sua viagem.

Brasileira e carioca. Residente no Rio de Janeiro. Formada em Pedagogia, atua como professora, mais especificamente na área de Educação Especial. Casada, além disso vive com um cachorro com uma inteligência assustadora. Ama dançar. Mochileira assumida com paixão por botar o pé na estrada.