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Seguro de saúde em viagem: fazer ou não fazer, eis a questão?!

15609098_10154224702441395_468048502_oNão consigo decidir um título para esse artigo. Acredito que um nome mais sóbrio seria “A importância do seguro saúde em uma viagem”, mas “Tente não romper seu joelho no exterior que é melhor”, parece mais apropriado…

Quando estava no doutorado na UFMG fui apresentada à maravilhosa oportunidade de fazer um “doutorado sanduíche” de 10 meses na Inglaterra, na cidade de Nottingham (terra do Robin Hood).

Entre todas as documentações necessárias, provas e defesa de projeto, descobri que pra todos os países que a gente quisesse ir precisava de seguro saúde. Menos pra Inglaterra. Achei que estava tudo certinho (até estava, mas no fim você vai descobrir o que quero dizer). Mas, como boa mineira que sou, mantive um seguro de vida mulher que já tinha e que servia de seguro saúde no exterior (acabei não usando, mas melhor assim!).

Viajei em julho de 2005 (sim, faz tempo!) muito feliz e com frio na barriga, sem saber o que me esperava. As coisas se encaminharam bem e logo fiz amigos. Entre eles, um casal super bacana de australianos que adoravam trilhas e logo me convidaram pra fazer algumas.

A primeira (e única) trilha foi maravilhosa! Foi em Yorkshire National Park, não muito longe de onde morava. Um dia de muito sol, ventinho agradável e paisagens deslumbrantes! O Ben e a Liz são uns queridos e excelentes e divertidas companhias, claro que eu quis mais!sem-titulo

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Ben e eu fazendo graça nas formações rochosas.

E…no domingo seguinte, lá fomos nós de novo. Era pra algum lugar perto de Lake District, mas com os acontecimentos traumáticos ocorridos desta feita, não me lembro mais o nome da localidade. Acontece que a Inglaterra é a Inglaterra e dia de sol é raridade. Daí que chovia e fazia frio nesse dia. A trilha estava toda molhada logo no início. Tinha uma cerquinha baixinha logo a metros do começo. O Ben deu distância, veio correndo e saltou a cerca e a poça de lama logo depois dela, tudo de uma vez. Eu, cuidadosinha, medrosinha, pensei: “Eu hein, fazer isso não… Depois quebro minha perna aqui e me ferro. Vou pisar na cerca e pisar no chão. Saltar pra que…”. E isso fiz. E… me ferrei, muito, mas muito mesmo! Acontece que a cerca tava molhada, escorreguei, não quis cair na lama, segurei a cerca toda torta e puft… Rompi o LCA. Esse é o ligamento que estabiliza seu joelho (o seu, porque o meu joelho direito não mais!) e impede que ele “desmonte” quando você torce o corpo. A dor é alucinante e vi tudo preto. Não conseguia mais ficar de pé, não conseguia passar pro outro lado porque ficou impossível apoiar a perna direita no chão. O Ben me carregou nas costas e eles me levaram direto pro hospital, o Queen´s Medical Centre, que era bem em frente à universidade onde eu estava fazendo o doutorado.

No hospital fui bem tratada, só me pediram o passaporte e recebi atendimento. Após algumas horas de espera, decidiram me internar. Oi? Sim. E foi aí que descobri sobre o LCA que mencionei anteriormente.  E lá recebi a notícia que seria operada e pra ser operada tinha que esperar fazer a ressonância.  Pra avisar que estava no hospital tinha direito a 3 ligações (parece prisão!) mas não ligações normais. Eu tinha que soletrar meu nome e poderia escolher os números pra quem mandar. Depois de muito sacrifício, o sistema aceitou meu nome G-I-S-E-L-L-E F-O-N-T-E-S. Beleza, só esperar “uzamigo” fazer contato. Pois…No outro dia de manhã fico sabendo que a ligação do hospital avisou meu amigo que uma tal “GAIZEL SONTES”  estava no Queen´s Medical Centre em Nottingham. Ele rejeitou umas 4 vezes a ligação e na quinta vez atinou que eu estava em Nottingham. Só rindo pra não chorar.

 

Quem me ajudou de fato, além do Ben e da Liz, foi meu amigo português, o Luís. Ele foi o mais empenhado e o que estava mais perto pela língua e pela amizade. Graças a Deus fiquei bem por uma semana lá. Não sei como, mas minha família conseguiu segurar minha mãe no Brasil. Senão, além de mim mesma, ia ter mais uma pra cuidar lá. Tive ajuda de algumas pessoas.  Mas foi tanta aventura que merece outro post. Entre fedores (não é que as velhinhas evacuassem todo o tempo, era só na hora das refeições mesmo, argh…), enfermeiros dançarinos, velhinho invadindo a enfermaria, uma enfermeira que quase perfurou meu tímpano com o termômetro, uma cirurgia que acordei e não tinha acontecido, visitas, chocolates e… Ufa!  Saí do hospital, usei muletas dois meses e precisei fazer fisioterapia por todo o resto do tempo em que morei lá (machuquei em setembro e fui embora em maio do ano seguinte). Até hoje preciso tomar bastante cuidado com meu joelho, mas vivo muito bem, obrigada!

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Esse aí usando a muleta pra fazer graça é o Roger, um dos colegas de casa que tive em Nottingham e que me ajudou por lá.

E esse relato todo é pra dizer que: quando saí do hospital, o pessoal perguntou se eu tinha registrado no GP (é tipo o  posto de saúde de lá). Então, lokos e lokas atenção:

Todo mundo que vai visitar ou morar na Inglaterra pode ter acesso ao serviço de saúde de lá, mas principalmente morando: você precisa fazer seu registro na chegada! É pra onde eles “mandam a conta” do hospital e ficam registrados direitinho todos os tratamentos de saúde que você precisou. Eu não tinha me ligado nisso, mas quando saí do hospital deu tempo de fazer tudo. Senão eu iria ter que pagar pelo tratamento todo, aff!! A Inglaterra (assim como o Brasil e a Itália) é um dos poucos países que possuem serviços (quase) gratuitos de saúde. Se você planeja visitar a terra da rainha, por favor, leia isso: Information for those visiting or moving to England.

Quando me tratei lá não precisei tirar um centavo do bolso, tive tudo: internação, remédios, consulta médica e fisioterapia por conta. As regras podem ter mudado e parece que agora existe um tipo de co-pagamento dos serviços. Procure saber sempre sobre os cuidados com a saúde no país onde você vai passear, faça seguro viagem. Pra encontrar um seguro viagem, basta procurar no google por seguro saúde viagem ou acessar um de nossos links. Existem vários tipos e em geral é muito barato fazer em comparação com o preço da viagem. Depois do susto na Inglaterra, nunca mais viajei sem. Espero excelentes viagens pra todos e todas e não quebrem a perna, por favor!

P.S.: Só pra ferrar comigo, quando fui pra Inglaterra cancelei meu seguro saúde aqui. Quando voltei, não tinha e precisei de outra ressonância. Morri em R$700,00. Então, atenção com seu seguro saúde aqui também…

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Não viaje sem um chip internacional!

Física de formação, maluca de coração, apaixonada por Deus e por viagens. Viajou uns 21 países (e alguns revisitou), além de conhecer vários encantos de Minas (sua terra natal) e do Brasil. Visitou mais lugares que imaginava e menos do que gostaria, mantendo assim a sede de viajar, porque o mundo é grande, a vida curta e a grana mais curta ainda!