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Museu de Artes de Boston (MW 2018)

Entre 23 a 29 de abril de 2018 ocorre a Museum  Week, primeira iniciativa online para espalhar cultura pelo mundo todo. Acessa o link aí pra ver… Este post é parte de uma blogagem coletiva de blogs membros da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagens (RBBV). Enfim, o Chicas também é cultura e não ficaria de fora.

#MuseumWeek

Como Boston é minha nova paixãozinha entre os destinos urbanos de viagem, vamos tentar ao longo da semana postar minhas andanças por alguns museus de lá. A começar pelo MFA, museu de artes!

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O Museu de Artes de Boston, Massachussests (Ou MFA – Museum of Fine Arts) é o quinto maior museu dos Estados Unidos. Ele está localizado na Avenida das Artes, bem localizado como tudo em Boston. Quem acompanha o Insta já viu bastante coisa das minhas ultimas andanças  pelas terrinhas americanas e ainda tem mais por vir. Mas o assunto aqui é o museu, então voltemos a ele!  O MFA fica localizado na Avenue of the Arts e é acessível pela linha verde do metrô. É perto do estádio do Red Sox. Quem adorou o filme “Amor em Jogo” vai se lembrar rapidinho do que estou falando. Bom, como ia dizendo, é bem fácil acessar o museu usando o metrô. Dá pra chegar dirigindo também, mas eu provei o trânsito de Boston e realmente…se puder, ande ou use o metrô (o’T’, de “tube” – como eles chamam). É mais confortável e evita muito estresse. E, convenhamos… andar por Boston é muito prazeroso (tirando o vento na cara e o frio do caramba).

MFA Boston

Cheguei no museu por volta de 10 da manhã e não tinha muita ideia do que procurar por lá. A certeza que tinha era meu amor por artes impressionistas … Hehe… Foi pra onde corri logo, para a seção de arte da Europa.  Bom, primeiro vou esclarecer…o museu tem as seguintes seções:

Verde – Arte Contemporânea, Amarela – Artes da Oceania, Ásia e África, Roxa – Artes da Europa, Laranja – Artes do Mundo Antigo e Beje – Instrumentos musicas, joias e fotografias, Azul – Artes das Américas (quase que só dos EUA, para ser sincera e ocupa 4 andares…)

O museu conta com as exposições permanentes, mas também tem as exposições temporárias…Como a do Escher, aaah… Como eu disse anteriormente, fui certeira procurar a sessão Roxa, de Artes da Europa. Mas eu não contava com a bela surpresa de ver as obras e rascunhos de Escher expostas lá. Maurits Cornelis Escher (1898-1972) foi um dos artistas gráficos mais famosos do mundo e tipo assim, o meu favorito desde que fiz o curso de cristalografia. Todo estudante de física vê as obras de Escher em algum momento como exemplo de padrões repetidos. Então, imagina eu lá, sem esperar dou de cara com os desenhos que amoooo… quase chorei de alegria! Fiquei um bom tempo lá “lambendo” as obras. Eis algumas (aposto que você já viu!).

Escher…
Escher…
As loucas construcoes de Escher

Passada a descrição séria da coisa, vou falar do meu jeito…A loka aqui era alucinada – e ainda é –  pela obra do Escher. Pessoa entra no museu atrás de uns quadros do Renoir e do Monet e se depara com  quem? Como o “deuso” do Escher. Pensa que gritei, chorei, qualquer coisa do gênero? Bem poderia…Mas não! Congelei…achei que era mentira. Falei em inglês pra dentro da minha cabeça “are you serious, Mr. Escher?” e em mineireis  bem falado “trem doido demais, sô!”. Juro que chequei um zilhão de vezes se era ele mesmo, dele mesmo, colorido por ele, descrito por ele…quase esfreguei a fuça nos quadros pelo deleite…acho que meu DNA ta impregnado nas obras do Escher de tanta baba que deixei. Ok, voltei à seriedade…

Bom, saindo um pouco do Escher, fui ver os impressionistas. Adoro chegar bem pertinho dos quadros e ver as pinceladas certeiras que de longe formam desenhos maravilhosos…E viva Monet, Camile Pissarro, Edouard Manet, Edgar Degas e por aí vai… só amor por esta arte!!

De novo, a descrição verdadeira da cena. A loka tinha acabado de ver o Escher e voltado para checar se tinha visto mesmo, anda mais uns metros e vê o que? Um corredor seguido de uma sala escrito  – ai Senhor! –   escrito ” Monet”. Isso…Monet. Aí faz como ? Treme de novo, não sabe para onde olha, chega, sai, chega, sai de novo. Quase chutei as pessoas pra fora porque queria fazer as poses dos quadros para fotografar. Maldita hora pra ficar tímida “fora de casa” (fora do Brasil, I mean…enfim, não consegui fazer minha performance completa imitando os quadros do Monet. Vai ficar pra próxima visita talvez. Se as outras lokas estivessem perto até me animava… Não seria a única ridícula lá, kkkkk!!

Duas Mulheres no Prado, Camile Pissarro
Pessoa tentando ser Camille Monet…ta fazendo errado!!
Pequena Dançarina de 14 anos, Edgard Degas – doida pra imitar a pose dela…porcaria de sala cheia no dia…
Privavera Eterna, Rodin. Ah, Rodin, sendo Rodin – trem lindo!!! <3 <3

Claro que vi muito mais, mas o museu é imenso e ainda faltava tanta coisa pra ver…Quase surtei quando vi o panfleto e o tamanho das salas que ainda faltavam para ver. Aliás, esse museu não é muito barato não. Custou 25 trumps e estou escondendo o valor aqui para não desanimar ninguém. Todo mundo merece um freak out em frente aos seus artistas favoritos.  Quando achei que tinha visto bastante coisa nessa ala acabei descobrindo mais (ah, Senhor…impressionistas, por que os amo tanto?!)… Enfim, gastei boa parte do dia em Escher e nos impressionistas… Não me arrependo (óbvio que não!) Vi um bocado de arte sacra também. Aí, depois do almoço – o museu tem restaurantes e cafeterias das mais caras até às mais em conta  –  parti para uma espiadinha na arte contemporânea, mas nesse dia não tava muito na vibe não… Acabei correndo por lá e fui ver o mundo antigo. Passeei pelos Egípcios e Gregos (mas tive overdose de Grécia ano passado, então não fiquei muito tempo…). E vi também boa parte da arte da Ásia.  Fui ver os instrumentos musicais, mas é uma sessão pequena do museu, uma sala basicamente.  Vontade doida de encostar em tudo. Tem vitrine não é à toa, hahaha! Vale a pena por exibir instrumentos de vários continentes. Mas um museu de música onde você possa de fato ouvir os instrumentos seria mais interessante. Aconselho a ir ver esta exibição assim mesmo!

Arte oriental…
Arte oriental e eu tentando descansar um pouco…Na verdade tava a fim de imitar a pose, mas tinha gente perto
Pintura de Morse, o mesmo do “código Morse”

Deixei para o fim a galeria de Artes das Américas. Como disse antes, é basicamente arte dos EUA, mas vale a pena visitar também. São quadros enormes e cuidadosamente pintados. Acabei nessas andanças descobrindo que Morse – é o do código mesmo! – era pintor antes de se aventurar nas comunicações. Uma pintura muito delicada dele está lá no MFA, de uma garotinha de 5 anos filha de seu amigo. Agora minha observação de quem sabe lhufas de arte ou do que seja percepção de beleza através dos tempos: parece que o povo da Europa das antigas era horroroso e o povo dos EUA de antigamente era lindo…sério…pega os quadros de 1800 da Franca e dos EUA da mesma época e compara…o que é que deu errado com a Europa naquele tempo, Senhor? Que punhado de gente feia, 100-nhor!!! Agora vai nos quadros dos EUA pra ver… só gente perfeita de linda. Ta, desconto pra criança obscura do Morse. É delicada, mas ta estranha, concordo….

Falei pouco (ou não.. será?) e mostrei muita coisa porque acho que só visitando mesmo você consegue sentir toda a emoção de visitar o MFA. Fiquei lá da hora que abria até às 17h00. Mas o museu funciona segunda, terça, sábado e domingo de 10h00 até 17h00 e nos outros dias de 10h00 até as 22h00 – ou seja, dá pra ver muitaaaaa coisa!

Espero que você tenha a mesma chance que tive de visitar o MFA e viva muitas emoções (Roberto Carlos, é você?!).

Em Boston, há também o Museu de História Natural de Harvard. Quer saber mais? Clique aqui!

Como já dissemos, este post é parte de uma postagem coletiva junto à RBBV. Quer saber mais sobre outros museus do mundo? Acesse os links abaixo! Vai por mim, tem muita coisa boa!

 

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Física de formação, maluca de coração, apaixonada por Deus e por viagens. Viajou uns 21 países (e alguns revisitou), além de conhecer vários encantos de Minas (sua terra natal) e do Brasil. Visitou mais lugares que imaginava e menos do que gostaria, mantendo assim a sede de viajar, porque o mundo é grande, a vida curta e a grana mais curta ainda!