4 Dias em Chicago – Dicas (parte I)

Estive em Chicago entre os dias 20 a 23 de julho de 2019. Era doida pra conhecer o famoso deck de vidro da Sears Tower (agora chamada de Wills Tower) e ver a cidade que tanta gente me falava ser linda. Finalmente a chance chegou, já que o Amor precisava trabalhar por lá uns dias. Óbvio que quis ir junto, afinal de contas, verão na “windy city” não é para perder!

Por falar em “”windy city ou “cidade do vento”, você sabia que apesar de ventar muito por lá, Chicago não está nem entre as 10 cidades em que mais venta nos EUA? Até em Boston venta mais que em Chicago! Então, por que este título? Uma das teorias diz que isso tem a ver com os políticos de Chicago, quando eles tentavam conseguir que a World´s Columbia Exposition acontecesse lá em 1893. Pois é, eles falavam tanto, fizeram tantos discursos que ficaram conhecidos como “windy” ou alguém que fala demais. Galera de Cincinnati, cidade rival, que teria apelidado. E como Chicago conseguiu a feira, levou o título de “windy” junto! Outras teorias fazem alusão ao vento nos corredores de prédios formados nas ruas, por conta de ser uma cidade grande mesmo. Outras dizem que é por causa de um tornado que aconteceu por lá. A dos políticos parece ser a mais comum.

Não vou negar que venta muito lá. Ainda mais à beira do lago Michigan. Venta pra caramba. Mas no verão é bem vindo, pois a cidade fica quente. No entanto, dizem que no inverno por lá o frio é de cortar e o vento faz o frio ficar ainda mais insuportável. Ainda bem que fomos no verão!

Dia 1

Wills Tower

Chegamos à cidade num sábado à tarde, e o nosso hotel , o La Quinta, fica na mesma rua que a Wills Tower. É lógico que corremos pra lá! O tempo estava bom então esperava uma vista maravilhosa. Muita vontade de ver. O glamour da visita começa e termina ali mesmo na fila da entrada…  É lotaaaaadooo no verão. No inverno parece que é menos fila. Mas ir entre a primavera e o outono é melhor. Não deixe o inverno estragar seus programas out door em Chicago 😉

Você chega pelo nível da rua e desce dois andares até a bilheteria. Estava bem cheio e logo veio o aviso: com a fila da bilheteria mais a fila do elevador para subir os 103 andares seria 1 hora e meia de espera até subir. Então, a gente viu a propaganda do City Pass, por USD 108.00. Com o city pass você consegue pular a primeira fila. Compramos pela internet, ali mesmo. A entrada original custaria 25 dólares. Mas o City Pass* dá direito a 5 atrações, todas mais ou menos a esse custo, então valia a pena. Escapamos de 30 minutos de fila 😉

Bom, como disse, o tempo estava bom. Só que, após uma hora de fila, deu mais que tempo de  o clima fechar e… chover! Mas choveu foi muito! E a vista ficou branca, coberta de nuvens. Claro que seria uma super decepção. Mas eis que, chegando na nossa vez… um vento soprou e abriu! E tivemos esta vista:

Como tínhamos tempo e vimos que na verdade para o deck de vidro existem duas filas (sim, além da bilheteria e do elevador, mais fila para o deck!), entramos na fila mais curta. Fica a dica, tem 4 decks e filas separadas de 2 a 2, ou seja, duas filas. A fila dos decks da esquerda é menor, fica próxima à saída. Tiramos fotos em um da direita e no outro da esquerda 😉 O tempo abriu em definitivo, com sol, e lá fomos nós! (a outra foto do deck é a capa deste post!)

Chicago River Boat Architecture Tour

Depois da vista linda do alto, fomos caminhando por downtown até perto do Trump Hotel. Tínhamos ouvido falar de um tour pela calçada ao longo do rio Chicago que explicava a arquitetura dos prédios da cidade. Mas a surpresa boa veio que esse tour pode também ser feito de barco. E o passeio é fácil de comprar, pois é oferecido em vários pontos da cidade. As empresas oferecem três tipos: o Chicago River Boat Architecture Tour, o Chicago River Boat Jazz and Cocktail Tour e o Lake Michigan Navy Pier Fireworks Cruise (este último só aos sábados, pois no Navy Pier tem fogos todo sábado às 22h15. Fizemos o primeiro, pois queríamos ver a arquitetura. O preço foi USD 39.00 por pessoa. Durou uma hora e quando terminou, da ponte perto do Trump Hotel, vimos os fogos acontecendo não muito longe, no Navy Pier. Então valeu a pena a escolha!  O Lake Michigan é lindo, então se escolher este passeio, vai se dar bem também 😉

Restaurante Wow Bao

Entre a visita à torre e o passeio de barco, paramos para comer. E encontramos o Wow Bao, um restaurante asiático, especializado em asian buns, aqueles pãezinhos assados em vapor. São divinos!! Existem outras opções de comida lá, é delicioso! O diferencial do Wow Bao é que não tem atendente… Alguns restaurantes estão aderindo a esta opção. Existia uma funcionária na cozinha (que pode ser vista de uma janela de vidro). Fora ela, só vi clientes. Você faz o pedido e paga na telinha mesmo, na entrada. Senta e espera… Existe uma parede com várias “caixas” com tampa de vidro, em que são projetadas animações dos buns em formato de bonequinhos. Quando sua refeição ta pronta, a tela de led, tampa de vidro da prateleira onde vai sair a comida, onde fica escura. Os buns começam a “limpar a tela” e aparece seu nome. Daí você tira sua bandeja. É bem legal! Tem em outras cidades dos EUA, então, encontrando um Wow Bow, super recomendo!!

Ouvi falar que essa tecnologia era de um outro restaurante na Califórnia, que não deu certo – era de bowls de quinoa. Mas a tecnologia foi sucesso. Fecharam o restaurante e estão vendendo a tecnologia. Parece que em breve grandes cadeias como o Star Bucks vão ter esse serviço de telinha… vejamos!

Dia 2

Museum of Science and Industry

Gastamos boa parte do nosso domingo nesse museu! A gente simplesmente amou cada pedaço. Já fui em muitos museus de Ciências, como o excelente Museu de Ciências de Harvard, por exemplo. Mas esse é muito bacana! As exposições são todas interativas e bem robustas, ou seja, resistem à pancadaria da criançada. Começamos nossa visita na seção de clima e tempo… Destaque para o tornado e para as descargas na bobina de Tesla…

O tornado é uma atração muito bacana. De tempos em tempos tem alguém dando explicações e você pode interagir com ele, caminhar, rodar…

Esfera de plasma, adoro!

Tem um labirinto de espelhos e é bem desafiador sair dele. Fica na parte de padrões e fractais. No museu de Harvard tem também, na época não consegui ir. Esta seção de padrões e fractais é bem parecida nos dois. Imagino que foram montadas pelo mesmo pessoal!

Existe também uma exibição sobre a terra e o clima, projetada numa esfera… após a projeção, algum funcionário vem falar do sistema solar e você pode pedir para projetarem planetas ou  o sol.  Aliás, tem vários funcionários a todo o tempo com mini apresentações e respondendo dúvidas.

Existem algumas exibições extras, ou seja, pagas à parte. O bom de ter o City Pass é que você tem direito a uma exposição extra. Fizemos o “tour” das minas de carvão, que mostra as condições de trabalho dos mineiros em Illinois antes de existirem regras mais rígidas. Um mineiro poderia perder até 40% de sua audição já no primeiro ano de trabalho na mina, por conta das máquinas barulhentas.

Este é um museu de indústria também, então o tema também é explorado. Nos divertimos com a “fábrica de brinquedos”. Por USD 5.00 você vê seu giroscópio ser montado em vários estágios até o momento de ser empacotado. Foi bem divertido assistir e ainda trouxemos um souvenir pra casa!

No final, descobrimos uma réplica da Chicago bem antiiiigaaaa, da época dos filmes mudos. Você pode assistir a um desses num cinema da época, ali mesmo no museu… incluso na sua entrada. Só sentar e assistir.

Tivemos ótimos momentos nesse museu, foi o nosso favorito desta vez em Chicago, sem dúvida!

Entorno do lago Michigan e Fonte Buckingham

Saímos do museu de ciências e pedimos pro carro nos deixar no Museum Campus, onde ficam os outros principais museus da cidade. Não ia dar tempo de visitar nenhum museu naquela área naquele dia mais, mas a gente tinha o city pass. O Amor ia trabalhar nos outros dois dias. Resultado: falei pra ele ir pelo menos no aquário pra usar o dele. E ele foi lá, enquanto fiquei do lado de fora, andando por ali. Acontece que a bilheteria fecha às 17h15, já não se consegue escanear nada mais. A gente tinha o pass, mas acabou nem usando. Quando eu entrei lá pra ir só ao banheiro, acabamos entrando de novo e vendo a parte de cima , só uns 15 minutos mesmo. Usei o meu city pass outro dia, com calma… mas ainda vou falar disso!

Andamos ali em volta. Existem caminhos de bike e a pé e o povo usa mesmo. É possível alugar bicicletas com aplicativo (da pra baixar na hora, claro, com internet… é da “lyft”) e resolvemos ir a pé até o Navy Pier, partindo ali do Museum Campus. No caminho, a belezura da Fonte Buckingham! É mesmo bem turistona e todo mundo para para tirar foto!

Navy Pier – Ferris Wheel

Claro que na cidade onde a roda gigante foi inventada, eu tinha que ir né?! Já tinha ido na de Londres, na de Atlanta, na de Seatle… ainda não fui da de NY, mas tá na lista, hehe!! Bom, a Ferris Wheel de Chicago foi a primeira no mundo, inaugurada em 1893 para a World´s Columbia Exibition. É uma das mais famosas do mundo!

Chegamos ao Navy Pier e já fui me assustando com a quantidade de gente! Mas calma… o que é uma vista dessas comparado a quem já visitou a Feira hippie em BH no Natal, hahahaha!! Então… encaramos e pegamos a fila, que não era muito grande. Custa USD 18.00 por adulto e a volta dura cerca de 15 minutos, 3 voltas de 5 min.

Giordano´s

Senhor, o que é isso, uma pizza ou um peso de porta! Garanto pra você que é a pizza mais pesada que você vai comer na vida! Mas sim, é deliciosa! O restaurante é super famoso, pra almoço e jantar. É italiano, óbvio que não é só pizza que tem lá. Só que pizza é o carro chefe. Então fomos comer pizza! Tem fila sim, mas funciona assim: você pega a fila, deixa seu nome e telefone. Eles te falam em quanto tempo a mesa vai estar livre, é uma meia hora. Se você puder deixar um numero de telefone, eles te mandam mensagem pra avisar que sua mesa está livre! Aí da pra dar umas voltas esperando. Também ao reservar a mesa você pode já pedir sua comida. Assim, quando você senta, demora um pouco menos pra vir (uma meia hora também). Quando você já está la dentro a experiência é bem tranquila, nada de zoeira, você se assenta e come em paz. O ambiente é tranquilo. Demorado, mas é famoso e não é à toa!

Ghirardelli

Para tirar qualquer um da dieta. O problema não é comer sorvete e chocolate. O problema são os tamanhos das porções!! Haha… um sorvete pequeno equivale ao grande no Brasil. Problema de EUA… “First world problems” , como diz o Amor. E é mesmo. Portanto, indo tomar um sorvete como sobremesa, não hesite em pedir um doce para compartilhar. O fudge de lá é perfeito! Qualquer sobremesa com fudge vai te fazer feliz e açucarado por um mês! Vimos (e fomos) a duas lojas diferentes em downtown.  Ambas na Michigan Avenue. Mas escolha a mais perto do rio, a vista é mais bonita 😉

Esse é um resumo dos nossos primeiros dois dias em Chicago. Eu tirei muita, mas muita foto e não consegui mostrar aqui nem 10% do que vimos. Digo que você tem que ir pra ver por si só!

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