Santiago e Mendoza-parte I (Santiago)

Eu já tinha ido a Santiago  duas vezes, uma por causa do trabalho e outra de passagem quando estive na Ilha de Páscoa. Entretanto, nunca tinha ido passear por Santiago com calma, pra conhecer mesmo. Achava que conhecia o suficiente pra não querer gastar dias lá.

Este será um post longo, cheio de dicas e será dividido em pelo menos umas 4 partes! A Denise tem um post mais curtinho aqui!

Eis que em 2016 eu tinha juntado milhas do cartão de crédito e fui olhar para onde estas milhas me levariam. E não é que Santiago apareceu? Tadeu logo se animou e eu pensei “por que não?”. Estávamos em março e teria que comprar  para dali a 6 meses pra poder usar as milhas. E assim começou nossa aventura pelo Chile e Argentina!

Lembra dos passos pra preparar a boa viagem? Então, foi exatamente assim!! Contei também com as dicas de uma amiga que morou em Santiago e do meu irmão mais velho (que esteve por lá com a família em 2014). Então, de passagens em mãos, sabíamos os dias de ir e voltar, mas o meio a gente ia decidir! Seria de 19 de setembro a primeiro de outubro de 2016

Então decidimos o roteiro:

19 a 24  de setembro  em Santiago (Valparaíso e Vina Del Mar em um dia e Vale Nevado em outro dia)

24  a 29 de setembro  em Mendoza na Argentina

29 de setembro a primeiro de outubro em Santiago

Nesta primeira parte eu vou me concentrar na primeira etapa em Santiago!

Tudo programadinho, primeira coisa que pensamos foi:”hum, é dia das festas pátrias no Chile, vamos às festas!”. Bom, seria uma coisa linda de se ver se tivéssemos chegado mais cedo naquele dia. Não foi nada legal, como você pode constatar aqui ! Não creio ser necessária nova descrição, tsc, tsc…

Nesse dia voltamos pro nosso hotel, o Torre Mayor Providencia, no centro comercial de Santiago. Fica perto da Sky Costanera, que logo vou descrever. Hotel fabuloso, não muito caro, lindo, ótimo serviço e tudo de bom. Pra completar o mocinho que nos atendeu adorava cantar “malandramente” e nos emprestou o cartãozinho de metrô dele pra irmos recarregando. Andar de metrô em Santiago é fácil!

Bom, dia 20 de setembro em Santiago:

Cedo partimos pra visita ao palácio do governo. Muita gente não sabe, mas é possível agendar pela internet (de graça) uma visita à sede do governo chileno, o Palacio de La Moneda. Você pode agendar aqui . Não é todo mundo que sabe disso, mas é bem fácil. No dia você leva seu email de confirmação e um documento com foto. Vale demais. E de quebra, estávamos lá bem no dia e hora da troca da guarda, então assistimos de carteirinha. E o site que me ajudou e recomendo muito pra gastar pouco no Chile e ter altas dicas é o “Nós no Chile“. Na verdade, inspirei quase todo o meu roteiro nele!

Depois, partimos pra um dos dois cerros de Santiago: o Cerro Santa Lucia. Fomos  a pé mesmo do palácio, mas pode ir de metrô até lá, linha 1 (L1) estação Santa Lucia (se diz Santa Lucía). A gente foi a pé pra poder passar pela Plaza de Armas e pelo Mercado Central. Em outro dia, que ainda vou contar, almoçamos lá no mercado. Curiosidade e dica: a Plaza de Armas fica lotadíssima de gente de todos os cantos do mundo e que mora em Santiago, principalmente latinos. Sabe por quê? Tem wifi grátis na praça e galera fica lá matando saudades da família! Essa dica é de amigo, hein? Descobri com a tour4tips (que já vou contar!)

Tem duas entradas principais. A mais famosa é pela Fonte Netuno e é lógico que eu tava doida pra ver esta aí  e entramos pela outra, aff…daí ficamos rodando por aquele lugar maravilindo loucos tentando achar a maldita fonte e nenhum – NENHUM dos nativos sabia me dizer onde era. Eles faziam cara de quem tá vendo um alien (dois, Tadeu junto) e não sabiam dizer. Pois bem, depois de rodar pelo menos uma hora por lá, encontramos  a maldita linda fonte. Vale muito a visita, tem uma vista maravilhosa, o lugar é tipo um oásis no centro de Santiago!  E aí fomos almoçar, um lugarzinho bem barato, ali perto mesmo, na rua que leva pro museu de artes,  perto da estação Belas Artes. Nesta rua tem vários restaurantes em que os nativos comem e é bem barato.  Em frente à estação tem uma sorveteria/cafeteria deliciosa.  Vale comer por lá!

Voltamos ao hotel  e mais à tarde, partimos a pé do hotel para a Sky Costanera. Chegamos à hora do por do sol e foi fantástico. Que visita muito legal demais da conta uai sô!  Só digo que é pra ir. A torre fica num shopping e é uma das mais altas da América Latina. Sempre consulto os blogs, porque não indicar este aqui, o viaje na viagem que me ajudou muito com as dicas da visita pra esta torre. Foi muito legal e no fim estávamos mortos.  Nem lembro onde jantamos, acho que compramos comida na rua e levamos pro hotel. Moídos e felizes!

Dia 21 de setembro: Passamos o dia entre Vina del Mar e Valparaíso, mas merece um post à parte!

Dia 22 de setembro:Visitamos o Vale Nevado, mas merece um post à parte também!

Dia 23 de setembro

Visitamos La Chascona (casa de Pablo Neruda em Santiago). Eu assisti ao filme “O carteiro e o poeta” e também li a biografia de Pablo Neruda , “Confesso que vivi”. Então, cheguei chegando conhecendo um bocado da história dele e de seus amores. Tadeu não viu o filme  e nem leu o livro. Mas sabe? Aproveitou igualmente! É uma visita que vale a pena, a casa é linda, a visita é bem estruturada (com audio guia).  A casa fica no bairro de Bella Vista, perto do Patio Bella Vista, um conjunto muito legal de restaurantes de todos os tipos e pra todos os bolsos e gostos. Além disso, da pra visitar o outro cerro de Santiago, o imperdível “Cerro San Cristobal”.

O Cerro San Cristobal é um outro tipo de parque, um mirante. Você pode subir pela rua lateral ou de funicular. A graça está mais em ir de funicular. Agora, se você é atleta, tem uma galera que curte subir correndo. Fique à vontade! Lá em cima tem os mirantes, tem um santuário católico pra missas a céu aberto e uma vista inesquecível pros Andes e para a cidade de Santiago. O problema, infelizmente, é a poluição. Se for um daqueles dias onde a névoa cinza aparece com força ou se estiver muito nublado, a visão fica comprometida. Ainda assim,vale a pena subir.

Depois da visita, fomos caminhando mesmo pelo parque central de Santiago (vale cada km de caminhada!) e visitamos novamente o cerro Santa Lucia (adoramos o lugar!) e  também visitamos o Museu Nacional de Belas Artes. Almoçamos ali perto da estação Bellas Artes (de novo!) e depois seguimos com o tour da Tour for Tips. Nós já tínhamos usado em Valparaíso e adoramos. Usamos também em Santiago. A Denise mencionou aqui (link) que você só paga se achar que deve. Ok, é isso mesmo que eles propõem, contam com isso. Mas, galera, é extremamente tosco e grosseiro  deselegante não dar nada pro pessoal. Eles se esforçam tanto pra dar os melhores highlights de Santiago, em inglês e espanhol que fica feio não dar nada. Vimos uma família inteira que literalmente abusou da boa vontade do guia perguntando tudo, pra no fim não darem nem um pesinho sequer. Ao final do tour eles nos levam à sede deles, mostram tudo o que a gente passeou a pé e de metrô (o metrô cada um paga o seu) e oferecem um drink levemente alcoólico e um mapinha. Gente, são uns fofos! Façam o tour e deem a gorjeta. O recomendável na época era um valor de cerca de R$15,00 a 25,00 por pessoa.

Neste dia jantamos no Patio Bella Vista e foi muito gostoso.

Confira também uma opção de passeio nos arredores de Santiago indicada pelo pessoal do blog Foco no Mundo: Cajón del Maipo e Embalse el Yeso.

Dia 24 de setembro

Cedinho partimos de TurBus para Mendoza. Dá pra comprar antes pela internet , mas ouvi dizer que só chilenos podem. De todo jeito, preferimos comprar lá. Dá pra comprar na estação Universidad de Chile ou Pajaritos. Compramos na Universidad de Chile e partimos de lá mesmo. Pra comprar você precisa do seu passaporte, pois é viagem internacional.

Se você sofre de enjoos leves, pode pegar um dos bancos da frente, como nós fizemos (não temos enjoo nesse sentido, só queríamos a melhor vista!). Muito enjoo, esquece… Curvas a doidado, vá de avião. Se estiver com pouco tempo, melhor ir de avião mesmo.

Viagem muito legal pelos Andes, o ônibus tem um trajeto de aproximadamente 7 horas. Mas muita atenção: se você for na temporada de verão deles, alto inverno – esqui e fins de semana, você pode perder muito tempo. Se não for pelo trânsito das altas temporadas, será na fronteira Chile-Argentina. Explico: por causa da crise, muitos Argentinos vão fazer compras no Chile. Isso sobrecarrega a alfândega, porque ficam fiscalizando todos os carros e ônibus. Fiscalizam a bagagem de TODOS. Muito cuidado com produtos agropecuários, não pode vir da Argentina nada cru, nada de queijos e leite (doces podem pois são cozidos), nada de frutas e verduras. Pode ser que por causa da barreira, a viagem de 7 horas vire de 14 horas. Demos sorte na ida e na volta. Então, se quiser ir pelos Andes de ônibus (que é muito confortável e barato), vá com tempo e paciência. Vale a pena sim!

E este relato vai continuar!

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