O Grand Canyon, o sonho, o amor…

Eu já escrevi aqui sobre Vegas. Neste post quero falar da visita ao Grand Canyon. Foi mal aí se a narração é passional, mas não tem como não ser. Tem dicas e tem amor, se preparem!

Pois… sei que ando escrevendo menos do que devia. Mas… A vida anda corrida pro meu lado. 2018 veio como um rolo compressor e eu já falei mais ou menos disso aqui. Mas como a vida  dá voltas e a minha deu mais voltas que o normal, já é tempo de falar coisas ainda melhores. Porque se  por um lado “shit happens”  por outro “nice stuff happens to nice people”. E, haters, arranquem as calcinhas pelas cabeças… eu redescobri o amor na beira do Grand Canyon. Na verdade eu o encontrei em Vegas, mas redescobri  num “I love you” na beira do lugar que eu mais queria ver no mundo…

Eis o relato: depois de Vegas , viajamos para Los Angeles, Pâmela e eu (nem sei se disse, mas na última hora a companhia de viagem seria uma pessoa e troquei por outra!). Enfim, Pâmela como boa irmã petropolitana que é, me acompanhou em loucas aventuras enquanto eu dirigia pelo deserto. Mas LA ficará para outro post. Porque de LA fomos para Flagstaff no Arizona e é do Grand Canyon que falarei hoje.

O que acontece em Vegas não necessariamente fica em Vegas… então… meu coração disparou em Vegas e o motivo da aceleração foi me visitar em Flagstaff.  Essa é uma cidadezinha pequenina na Rota 66 no Arizona. Bela e rústica, cercada de montanhas com neve, é tipicamente aquelas cidades de filme americano. Aliás, de filme mesmo, porque Forrest Gump passou por lá.

A minha amiga maravilhosa Aline mora em Flagstaff e nos recebeu, à Pâmela e a mim, com todo o amor do mundo. Preparou tudo para a gente. Minha colega de aventuras Pâmela ficou comigo em Flagstaff por 3 dias e precisou voltar  antes de mim para o Brasil.  Eu a levei para o aeroporto de Las Vegas, entreguei o carrinho mais aventureiro do mundo no aeroporto e voltei para Flagstaff de busão. Essa foi outra aventura. Resumo dizendo que dá pra ir de Vegas a Flagstaff de ônibus, mas que não é confortável demais não. O ônibus é da empresa Greyhound e custa  mais ou menos entre U$33.00 a U$54.oo. Viajei à noite e até dormi um pouco. Mas se você puder fazer essa viagem dirigindo é mais aconselhável pelo conforto. A rodoviária de Vegas é uma experiência antropológica única, se é que você me entende.

Bem, de volta a Flagstaff… Dias depois de ter chegado ao Arizona, o  até então crush  foi especialmente me visitar.  E foi com ele que fui visitar o Grand Canyon. E não é à toa que logo o crush foi rapidinho promovido a bae (diminutivo de babe é um jeito de se referir a namorado).  Eis que ele me pergunta se eu não gostaria de sobrevoar o Grand Canyon. Na verdade o meu bae adora voar e queria muito fazer isso por ele mesmo. E assim fomos. Ele me pegou em Flagstaff cedo e a parada foi no Grand Canyon Scenic Airlines. A experiência valeu muito a pena. Foi mais ou menos uma hora de voo nesse aviãozinho aí. Um voo com narração em inglês (acho que tinha opção em francês, espanhol e chinês…é que acho que tinha em outra língua também, mas não lembro).  Eu confesso que rolaram lágrimas de emoção ao ver meu lugar dos sonhos de tão perto e por cima!

Depois do voo a gente almoçou e foi ver o Canyon de mais perto, claro! A gente estava de carro alugado e sem dúvida é a melhor opção para passear no Arizona. A entrada no parque é algo em torno de $20.00 por carro (não me lembro bem agora, mas não era muito mais que isso) vale por 7 dias. A gente foi só um dia mesmo, porque não tínhamos tantos dias assim pra visitar a região. Mas já foi inesquecível como foi.

Seguimos para o estacionamento principal. Dentro do parque tem várias opções do que fazer…passeios de bicicleta, almoço com vista para o Canyon, tem um ônibus turístico que vai fazendo paradas nas vistas, tem as trilhas…Deixo aqui o site oficial do parque para que você possa se decidir….O parque é imenso e rola um post para cada atividade possível. Não consigo falar de tudo aqui, até porque não fiz tudo, hehe! Mas posso ajudar contando da minha experiência.

A gente simplesmente estacionou o carro e foi ver as vistas principais a pé mesmo. Chegar à borda do Canyon é uma experiência ímpar! Esse lugar que foi oceano um dia e que demorou milhões de anos para ser formado é lindo. Suas cores deslumbrantes, suas formações únicas são de arrepiar. Eu ainda quero voltar lá… Mas por agora narro o que vivi nesse lugar mágico!

Caminhamos em volta, paramos, fotografamos…e foi ali, na bordinha do Canyon que escutei o mais sincero”I love you”. Acho que foi o primeiro a soar sincero da vida, porque foi em inglês nativo. Gente…tremi. Primeiro de medo, kkk…tinha alguns dias que estávamos juntos e um I love you assim não é mole não. Mas não é que era sincero?! Ah, o amor! Esse carinha ganhou o melhor de mim muito mais rápido que o meu pobre coraçãozinho poderia aguentar.

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Agora vem um adendo a essa história:  sim, eu amei meu ex-marido até o último segundo em que dividi minha vida com ele. Mas quando uma bomba cai na nossa cabeça, muitas coisas mudam muito rápido. E quem me conhece sabe que tudo mudou na velocidade da luz para mim. Seguimos caminhos distintos hoje. Creio que Deus foi simplesmente maravilhoso demais comigo e me deu 5 dias pra chorar antes de recomeçar. E aproximadamente 20 pra me descobrir realmente amada de novo.

Se tem uma coisa que o Grand Canyon me ajudou a aprender foi: o coração a gente remenda! O que vai acontecer eu não sei. Eu sei do que aconteceu. E sim, foi e tem sido uma viagem daquelas! Vivam os recomeços e os sonhos!

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