Santiago e Mendoza parte VII – Mendoza dia 4

Atualizado em 07/12/2017

Continua rendendo…pois é…

A vida é assim, a gente queria até poder largar tudo e sair só viajando, mas aí de onde o dinheiro viria, né? Então, muita coisa para fazer, a vida cheia de acontecimentos bons e ruins e vamos lá. Depois de muito tempo sem publicar, venho aqui contar o quarto dia em Mendoza. Desta vez o passeio se chamava “Alta Montanha”. Mas antes, uma retrospectiva:

Santiago e Mendoza parte I – Santiago

Santiago e Mendoza parte II – Vina Del Mar e Valparaíso bate e volta

Santiago e Mendoza parte III – O Vale Nevado

Santiago e Mendoza parte IV – Mendoza dia 1

Santiago e Mendoza parte V  – Mendoza dia 2

Santiago e Mendoza parte VI – Mendoza dia 3

Bom, continuando…Mendoza é na “bêra” da cordilheira dos Andes e é óbvio que não poderíamos perder a chance de chegar perto do Aconcágua. Por Mendoza saem várias expedições para lá. Eu não sou desse tipo de aventureira, infelizmente não sou brava o suficiente. Mas, pra não perder a chance, valia a pena passear um pouco por lá. E assim fizemos. Compramos do hotel mesmo (lembram do dia 1 em Mendoza, estávamos no Grand Hotel Venus). O passeio partia cedinho, lá pelas 7h00 da matina e lá estávamos prontinhos pra ir de busão mesmo.

Logo no começo do dia o guia avisou que passaríamos grande parte do dia no ônibus, pois era um passeio longo. Mas que valeria a pena. De fato valeu. Um guia bom , acostumado à montanha que foi explicando o tempo todo por onde passávamos. Paramos em vários pontos da estrada para fotografar e ele ia explicando sobre o relevo e a história da região. Realmente cenas lindas e imperdíveis de um passeio muito legal. Só acho que se você enjoa muito em ônibus, melhor considerar ir para alguma cidade mais próxima ao Aconcágua e se hospedar por lá. Em Uspallata existem vários hotéis e é um povoadinho simpático. Eram fins de setembro e começo de outubro, então, não tinha muita neve mais. Imagino que aquilo tudo nevado deve ter bastante diversão. Na época em que fomos estava bonito e ensolarado, mas não tinha muita neve assim para pisar!!

Bom, aqui eu vou falar de três pontos principais onde paramos: a estação de esqui, a “Puente del Inca” e o famoso Aconcágua.

Paramos primeiro no que é uma das estações de esqui perto de Uspallata. É uma estrutura que lembra um pouco o Valle Nevado lá no Chile (claro, estamos falando de Corilheira dos Andes!). Mas como disse, não era mais época de temporada. Estava com quase nada de neve. O guia ofereceu um passeio para comprar, mas era um valor muito alto pra fazer quase nada lá em cima. Eu não lembro bem o valor, mas definitivamente algo que não valia a pena. De qualquer maneira, ficamos ali por baixo, vagando sem muito o que fazer. Encontramos um gatinho que ficou enchendo a roupa do Tadeu de pelos e fazendo hora por lá. Na verdade eu não sei se me arrependo por não ter ido no teleférico ou fico feliz porque pagar pra não fazer nada seria pior. Acho que Uspallata só valeu a pena pelo café que tomamos antes de ir pra esse lugar. Acho que só valeria mesmo se fosse pra se hospedar por lá e brincar de esportes de neve. Aí deve ser mesmo bacana.

Bom, pra aliviar da chatice que foi essa parada, veio uma coisa muito bacana, que vi na internet pouco tempo antes de ir e fiquei super curiosa. Foi a Puente del Inca. Na verdade, este é um povoado a noroeste de Mendoza e hoje em dia protegido pelo governo. Gente, só sei que é noroeste porque vi na Wikipedia, hahah! Mas o que vou contar aqui ouvi do guia e espero estar sendo fiel aos fatos. A “ponte” é uma formação rochosa em cima do rio Caves. Diz a lenda que um chefe inca, por razão da doença de seu filho, ficou sabendo que atravessar a ponte poderia trazer a tão esperada cura. O chefe não poderia deixar seu filho morrer, mas como o bichinho tava moribundo, botou os cupinchas dele pra carregar seu rebento por cima da ponte. Assim foi feito e o menino foi curado. Acho que os jagunços morreram no trajeto, mas quem se importa, né? (credo!). Bom, o caso é mais ou menos esse e a lenda deu nome à estrutura. Ela aparece aí nas fotos. A construção aí meio por baixo da ponte são as ruínas dos banhos de um hotel de luxo que existiu por aí até lá pela metade do século XX. Mas como galera é burra e arrancava pedaço de rocha além de desobedecer e tomar tombos mortais caindo de cabeça lá embaixo, ficou proibido usar o lugar. Além disso, o hotel foi destruído em uma avalanche em 1968. Estranhamente só a igrejinha do lado ficou de pé. Pois é, dizem que foi milagre…cada um acredite no que quiser.

—> No instagram eu mostrei este lugar. Ninguém se arriscou a dizer onde era! Agora já da para saber até a história da ponte e do que são as ruínas.

Enfim, a passagem para o outro lado ficou proibida. Só alguns artesãos têm licença de botar umas pecinhas de plástico da China lá em baixo da queda d´água , deixar lá um dia juntando areia até parecer peça artesanal e vender por 100 vezes mais o valor. E eu te pergunto pra que eu vou querer um vasinho soltando areia amarela pela casa a fora? Porque a areia acumula na peça, mas não cola…e, francamente, tinha tanta coisinha bonitinha artesanal pra lá e eu que  vou pagar R$100,00 por um potinho que não vale nem R$1,00? Ah, neeeem…ta certo que a areia amarela só tem lá, é um tom lindo mesmo. Mas quando soltar do pote tenho que passar aspirador na casa do mesmo jeito. Não…

 

E, finalmente, o rei e grande nome do passeio – afinal se chamava alta montanha. O pico Aconcágua! No trajeto, quando já estávamos chegando perto do começo da trilha, o guia foi explicando que para subir ao Aconcágua a pessoa precisa de uma autorização e tem exatos 20 dias para subir e descer. Quando passa o tempo eles te multam. E pra provar que quem não tem experiência com isso ele mostrou, ali na beira da estrada, um pequeno cemitério de pessoas que não foram bem sucedidas em suas tentativas. Tá certo que não era um grande cemitério, mas serviu para entender o recado!!

Enfim, paramos ali. O Aconcágua é o pico mais alto fora da Ásia, chegando a incríveis 6.961 m de altitude. Ficamos ali um tempo sentido o vento, imaginando como deve ser incrível desbravar aquilo tudo e, claro, tirando fotos…

 

Bom, depois disso a parada era pro almoço. Eu disse três paradas principais, eu sei…mas teve essa… É que, de novo, perguntamos se tinha outra opção que não fosse o prato feito que ofereceram, que era um tanto caro, coisa de R$60,00 por pessoa, mas com uma comidinha meio fraca. O problema é que a gente tava a fim mesmo de um sanduíche e falaram que tinha…mas tinha um café de cafeteira Dolce Gusto Nestlé (é, essa que tem em casa mesmo) e alfajor. E foi esse nosso almoço…afff…pelo menos lá onde foi o almoço tinha um campinho nevado que deu pra aproveitar. Pelo menos isso. Nessa hora sentimos frio mesmo 😉

Depois disso foi mesmo voltar para o hotel de busão e curtir mais um pouco da fofura de Mendoza!

Queria saber se tem alguém aí que subiu o Aconcágua…Não poderia contar pra gente? Ah, conta vai!

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Atualização!

Depois deste post, ainda foram escritos estes dois:

Santiago e Mendoza parte VII – Mendoza dia 4

Santiago e Mendoza parte VIII – Santiago – Los Dominicos e Parque Araucano