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Como trouxe meu cão de volta ao Brasil

Em outro post, contei como embarquei com meu cão para os Estados Unidos. Eram férias longas e optei por não deixá-lo em uma hospedagem. Entre dias em Seattle, road trips e a visita ao Parque Nacional de Yellowstone, finalmente chegou o momento de voltar para casa.

Já mencionei antes que Bandit (o cão descrito no meu perfil como um ser de inteligência assustadora) é um vira-lata charmoso de aproximadamente 15kg. Por causa de seu tamanho, ele não pode viajar na cabine comigo e precisa ser despachado.

Iniciaram-se as pesquisas. Para que não fizéssemos nada errado, seguimos os seguintes passos:

1º – Contactar a empresa aérea

A empresa aérea que eu iria voar de volta para casa era a United Airlines. Entramos com a empresa para verificar os procedimentos necessários. Para ir, foi necessário contratar uma empresa de despachos aduaneiros, logo eu precisava saber se seria necessário fazer o mesmo para retornar, Contactei a empresa United Cargo Brasil (filial situada no aeroporto de Galeão na cidade do Rio de Janeiro). Fui informada que não seria necessária a contratação de uma empresa de despachos aduaneiros, embora isto tornasse o processo mais fácil. Sou adepta das filosofias “Faça você mesmo” e “poupe dinheiro”. Logo, nada de contratar despachantes para retornar. Depois de ter certeza disso, contactamos a empresa United Cargo nos Estados Unidos e fizemos a reserva com base nos dados do meu voo de retorno. Para obter informações sobre reservas junto a empresa, clique aqui.

2º – Levar o animal ao veterinário

Novamente, foi necessário provar que o animal estava em perfeito estado de saúde para viajar. Então, contactamos alguns consultórios veterinários para verificar a possibilidade de emissão de atestado de saúde. Enquanto estávamos em Boise (Idaho), localizamos a clínica Pets First.

Bandit foi submetido à avaliação. Ele não é um grande fã de veterinários e deixou isto bem claro lá nos States também. Entre rosnadas e diálogos com o veterinário, eu e Joel mostramos o Certificado Zoossanitário Internacional emitido pelo Ministério da Agricultura no Brasil no mês anterior. Como isso foi útil? Através deste documento, pudemos comprovar que ele havia sido vacinado contra a raiva (o documento continha todas as informações em português e inglês).

Foi necessário que novamente ele fosse submetido a tratamento antiparasitário para viajar. Saímos de lá com um atestado de saúde preenchido, conforme modelo disponível no link. Um diferencial é que este atestado pode ser emitido em até 10 dias antes da viagem.

3º – Levar o animal para o embarque

Utilizamos a caixa de transporte que já tinhamos e levamos ao setor de carga do aeroporto de Seattle. Chegamos com cerca de 4 horas de antecedência ao local para enviá-lo. No local apresentamos o atestado de saúde e pagamos pelo embarque (em janeiro de 2018,  custou 415,80 dólares) após pesagem. Não é obrigatório pagar uma taxa para que abram a caixa do animal durante a conexão para que ele passeie. Vai por mim, a probabilidade de que alguém realmente abra a caixa e dê atenção ao seu animal é mínima. A taxa foi paga na ida e ninguém fez isso pelo Bandit.

Família

4º – Retirar o animal no setor de carga no Brasil

Esta é a parte mais difícil. Você chega lá achando que vai pegar seu cãozinho e ir para casa… Não vai ser tão simples. Então, o primeiro conselho é não chamar um táxi ou uber até estar com seu animal em mãos. Todo o processo durou cerca de 4 horas! Vou enumerar tudo o que foi necessário fazer:

1 – Ir ao setor da United cargo e pagar uma taxa de transporte aéreo (custou cerca de 113 reais). No local não há máquina para utilizar cartões.

2 – Ir ao setor da Receita federal para emissão de uma Declaração Simplificada de Importação. Tive que apresentar documentos diversos (CZI emitido no Brasil antes da viagem, bilhete aéreo e passaporte). Tudo para provar que o cão já era meu e assim não pagar qualquer taxa. Era meio óbvio (Bandit é um vira-lata que tinha 8 anos na época).

3 – Ir ao setor do setor de cargas (no caso deste aeroporto, Riogaleão Cargo) e pagar um taxa de arrecadação de importação que custou R$ 13,59.

Enfim, liberdade!

Mostrei os documentos que comprovavam que fiz tudo certinho no local de retirada e trouxeram finalmente o meu menino.

É importante ressaltar que a motorista que me buscou, precisou se identificar e apresentar documentos do carro para ser autorizada a entrar com o carro no setor de cargas.

Como eu não sabia que este procedimento era demorado, pedi a uma amiga que me buscasse no aeroporto. Isis foi um anjo e ficou comigo durante todo o tempo. Dedico este post a ela, em forma de agradecimento.

Eu, Bandit e Isis no cumprimento da missão

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Brasileira e carioca. Residente no Rio de Janeiro. Formada em Pedagogia, atua como professora, mais especificamente na área de Educação Especial. Casada, além disso vive com um cachorro com uma inteligência assustadora. Ama dançar. Mochileira assumida com paixão por botar o pé na estrada.